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E-commerce riscos e vantagens



10/12/2012




A movimentação do e-commerce no Brasil, analisando-se a soma dos resultados do ano passado, com o de 2010 acumulou o crescimento na ordem de 43%, sendo que atingiu a cifra de US$ 25 bilhões. A estimativa do mercado é de que esta forma de venda, em 2012, fechará com um desempenho ainda melhor, registrando no período natalino 11 milhões de pedidos on-lines.

Somente com as vendas de Natal, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico - ABComm, estima que o setor deve faturar R$ 3,76 bilhões, o que representa um aumento de 29% em relação a 2011. Me recordo que numa abordagem que fiz sobre o assunto no início de 2006, referindo-se ao desempenho do e-commerce em 2005, ele se encontrava na casa de R$ 10 bilhões, cerca de 3,5% do total comercializado no país. O sistema que antes era mais utilizado para pesquisas de compras e não para efetuar a compra propriamente dita, mudou vertiginosamente a sua trajetória, conquistando cada vez mais fatias de consumidores. Afinal, sem intermediários nos negócios os preços são mais atrativos. Um estudo encomendado pela Visa à AmericaEconomia Intelligence, para uma análise de comportamento do mercado do comércio via internet, referente aos anos de 2010 e 2011, dá um panorama de quanto os brasileiros se entregaram a esta tendência. No ranking de participação dos países da América Latina e do Caribe em relação ao total de compras por este meio, o Brasil lidera, com quase 60%, e a Argentina não chega a 6.5%, o que legitima o país como um impulsionador do e-commerce .

Um dos fatores que mais tem contribuído para alavancar a cada ano o comércio eletrônico no Brasil é sem dúvida o aumento do grau de confiabilidade dos consumidores na decisão de compra, sendo que os cartões de crédito lideram, neste sentido, como forma de pagamento. Ou seja, muitos consumidores liberam números e códigos de segurança do dinheiro de plástico com mais facilidades. A mais segura forma, entretanto, de se fazer um negócio é através de reembolso postal: retirase a mercadoria e paga-se para a agência dos Correios responsável pela entrega. Por outro lado, nem todos querem este trabalho, já que buscam facilidades.

Por mais que as ferramentas hoje sejam mais avançadas é preciso sempre estar atento ao histórico dos sites destinados a vendas virtuais. Hoje as principais reclamações, nos órgãos de defesa dos consumidores, em relação a esse tipo de comércio estão centradas ‘na não entrega do produto comprado e da falta de resposta para as queixas dos consumidores‘. O Procon de São Paulo divulgou recentemente uma lista com mais de 200 sites que, de acordo com o órgão, não são recomendados para compras via o sistema online. Mais de 150 estão fora do ar.

O e-commerce tem seus riscos e suas vantagens. É importante os consumidores, antes de fecharem um negócio, pesquisarem, não só os melhores preços, mas também as notícias e informações em rede, no tocante a idoneidade das empresas que estão oferecendo produtos e serviços. Muitos fornecedores on-lines, segundo o próprio Procon, não tem registros em órgãos competentes, a exemplo da Junta Comercial, Receita Federal e Registro BR. Concluo que alguns consumidores que navegam pelas ondas cibernéticas, continuam ainda a ‘ver navios‘, fazendo referência a um dito popular. Por outro lado o que estimula, é que muitos consumidores ainda desembarcam num porto seguro. Como diz o provérbio português: ‘cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém‘.

Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT. e-mail: p.nadaf@terra.com.br

Fonte: Fecomércio-MT.




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