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O impacto do abandono de emprego: como o empregador deve agir?



19/03/2025




Entenda como o RH e os gestores podem lidar nessa situação bem delicada. O abandono de emprego, uma situação em que o funcionário se ausenta do trabalho sem justificativa e com intenção de não retornar, é um desafio complexo para qualquer empregador. As consequências vão além da simples perda de um membro da equipe, impactando a produtividade, o clima organizacional e até mesmo as finanças da empresa. Diante desse cenário, é crucial que o empregador esteja preparado para agir de forma assertiva e em conformidade com a legislação trabalhista. Existem vários fatores que podem levar o funcionário ao abandono de emprego, mas, independente da causa, trata-se de uma situação complicada para ambos os lados. O RH e o empregador precisam estar preparados para lidar com a volta desse funcionário para encerrar o contrato adequadamente e seguir da forma mais correta com o processo. Com quantos dias considera-se abandono de emprego? Não existe na lei um prazo definido para que o trabalhador se ausente antes que a situação seja caracterizada como abandono de emprego. No entanto, os tribunais trabalhistas consideram o período de 30 dias de ausência sem justificativa como abandono de emprego. Quando há evidências claras de abandono de emprego, não é necessário esperar os 30 dias. Como no caso em que se descobre que o funcionário conseguiu novo trabalho em horário compatível ao que ele exercia na empresa que ele abandonou. Nesses casos, fica claro a situação de abandono de emprego por conta do compromisso com outra empresa e que impede totalmente desse funcionário continuar exercendo suas atividades anteriores. Quando esse empregador consegue caracterizar a situação de abandono, ele pode dar andamento às devidas providências antes de qualquer prazo. Conheça os direitos sobre o abandono de emprego Se constatar o abandono de emprego, a empresa pode seguir com a demissão por justa causa. Nesses casos, o trabalhador perde alguns dos direitos trabalhistas que a demissão sem justa causa garante. No saldo geral, esse trabalhador terá direito a receber ainda: O saldo de salário equivalente aos dias que o funcionário trabalhou no mês antes do abandono; Salário-família proporcional, caso o trabalhador tenha direito ao benefício; Salários atrasados (se houver); Férias vencidas e ⅓ constitucional. Com relação às férias vencidas, se o vencimento tiver acontecido há mais de 12 meses, o funcionário terá de receber o dobro do valor por conta de uma inadimplência da empresa. O abandono do emprego com justa causa não dá direito a aviso-prévio, seguro-desemprego e pagamento de verbas rescisórias como FGTS e a multa de 40% do FGTS. Por conta de não ter o aviso-prévio, a empresa tem que realizar o pagamento de todos os valores de direito da rescisão do trabalhador até 10 dias a partir da data de notificação. Como agir quando suspeitar de abandono de emprego? A falta sem justificativa e por vários dias consecutivos, é um motivo que leva o RH e gestores a se preocuparem. Embora o abandono de emprego não seja a primeira hipótese, esse é um sinal de alerta, especialmente em situações em que o colaborador já possui histórico de atrasos e faltas recorrentes sem justificativa, por se tratar de um padrão de comportamento que pode indicar falta de compromisso com o trabalho. Independente do histórico do funcionário, é importante que a empresa tente contato para saber o que está acontecendo. Afinal, é necessário considerar diferentes possibilidades além do abandono de emprego. Com o contato estabelecido, é possível ver a justificativa e encontrar possibilidades alternativas, como licenças, por exemplo. FONTE: Jornal Contábil



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