MT defenderá convalidação de benefícios do ICMS no Confaz
02/05/2012
O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Edmilson José dos Santos, e o secretário-adjunto da Receita Pública, Marcel Souza de Cursi, participam, nesta quinta (03.05) e sexta-feira (04.05), de reunião extraordinária do Conselho Nacional de PolÃtica Fazendária (Confaz), em BrasÃlia, novamente sobre a convalidação dos benefÃcios fiscais do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) concedidos pelos estados e pelo Distrito Federal sem aprovação do Confaz.
A expectativa é que os secretários estaduais de Fazenda avancem na discussão técnica e cheguem a um denominador comum sobre o assunto. Os principais pontos sobre a convalidação de benefÃcios fiscais a serem definidos são: vedação, vigência, data de corte, exceções, transição, redução da alÃquota interestadual do ICMS para um patamar mÃnimo e único.
Para Edmilson dos Santos, os benefÃcios fiscais do ICMS são um instrumento utilizado pelos estados para minimizar as disparidades regionais. Sem esse mecanismo, argumenta ele, os estados brasileiros das regiões menos desenvolvidas (Centro-Oeste, Norte e Nordeste) não teriam como competir com os estados do Sul e Sudeste na atração de investimentos privados. "As empresas tendem a se instalar em regiões que propiciem ambiente favorável à realização de seus negócios, ou seja, em regiões com mais vantagens comparativas", afirma o secretário de Fazenda.
Em Mato Grosso, os benefÃcios fiscais têm funcionado como catalisadores da instalação de indústrias, o que tem oportunizado ao Estado diversificar sua matriz de composição do Produto Interno Bruto (PIB), sobretudo pela agregação de valor à matéria-prima agropecuária.
Marcel de Cursi destaca que os benefÃcios fiscais têm suprido a inexistência de um programa do governo federal para atender à s necessidades de crescimento econômico das regiões menos desenvolvidas. “Os programas estaduais de benefÃcios fiscais substituÃram a ausência da União, que não cuidou do desenvolvimento regional nas últimas décadas. Os benefÃcios fiscais estaduais ajudaram a mudar o mapa do desenvolvimento regional do Brasil”, argumenta o adjunto.
Entretanto, a concessão unilateral de tais benefÃcios tem sido objeto recorrente de questionamentos judiciais. “Por isso, a importância da convalidação das normas para o restabelecimento da segurança jurÃdica e da manutenção dos acordos celebrados, que pode ocorrer por convênio do Confaz ou por alteração constitucional”, observa Cursi.
Nesse contexto, outra questão que precisa avançar, simultaneamente à convalidação, é o quórum do Confaz para aprovação dos benefÃcios fiscais propostos pelos estados. A atual legislação exige que as concessões sejam decididas por unanimidade das unidades da Federação.
Contudo, a convalidação é um dos temas em que não há consenso e, por isso, os estados da região Centro-Oeste, mais Tocantins e Rondônia, defendem a flexibilização do quórum para maioria de três quintos. “Essa seria uma maneira de tornar efetivo o perÃodo pós-convalidação”, conclui o secretário Edmilson dos Santos.
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Enviada por: Ligiani Silveira - ASC/Sefaz-MT em 02/05/2012 16:19:36 E-mail: Ouvidoria |