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Franquias, agregadoras de valores



10/02/2012




Os meios de comunicações têm difundido cada vez mais um mercado próspero aos que querem empreender, que é o das franquias, mercado em que o Brasil ocupa posição de destaque no ranking, detendo a terceira colocação. Os últimos números da Associação Brasileira de Franchising-ABF, apontam que o setor faturou mais de R$ 85 bilhões em 2011, e projeta para este ano um crescimento no número de marcas, na ordem de 10%.

Em 2010, num levantamento feito com 185 marcas, a ABF detectou um crescimento de 20,4% maior em relação ao exercício anterior. Vale destacar que as projeções estavam entre 14 e 19%. Para que se tenha uma ideia do que isso representou vale destacar que foram abertas em média 4 franquias e gerados 59 empregos por hora, segundo dados da Rizzo Franchising, especialista em estruturação de franquias. Isso mostra que há uma linha de ascensão considerável.

Para quem pretende ingressar nesta atividade, a ABF tem dicas que julgo como muito importantes para seguir a risca. Dentre elas, que o futuro franqueador certificar-se do interesse pela franquia e logo após direcionar a visão para o mercado, para saber onde estão surgindo as melhores oportunidades; selecionar as franquias que mais se aproximam do seu perfil e das suas perspectivas; conhecer os manuais de instrução e obter informações de outros franqueados para saber detalhes da estrutura organizacional, como treinamento e unidade piloto e evitar fechar negócio através de intermediários, como escritórios de corretagem. O mercado de franchising é promissor, mas cautela é bom se ter em todos os negócios.

A posição privilegiada do Brasil no ranking das franquias se deve a ousadia de empreendedores, que raramente contam com o fator sorte, mas sim, que saem do lugar comum na busca das oportunidades, unindo muitas vezes técnicas aprendidas ao prospectar um mercado, a exemplo do empreendedor Miguel Krisgner, que criou uma das maiores redes de franquias de cosméticos do país, O Boticário, e que tem uma história que vale a pena conhecer.

Investimentos financeiros em capacitação, inovação, logística e know-how de profissionais que tem feito a diferença no mundo dos negócios tem sido, alguns dos ingredientes para uma performance bem sucedida, no segmento de franquia. Gostaria, entretanto, de compartilhar de uma história que conheci nesta semana, em uma entrevista, da Revista Comércio & Serviços, da Fecomércio-SP, com Leandro Neves, criador e presidente da franquia “Black Dog”.

Leandro começou vendendo cachorro quente em uma barraquinha de rua, e hoje tem oito unidades, três próprias e cinco franqueadas. Sua expectativa de faturamento para este ano é de R$ 8 milhões, uma projeção pouco superior a obtida em 2010. Nada mal, para quem tem 37 anos, e teve seu aprendizado inicial, aos 19 anos, “entre pães e salsichas”, como é enfatizado no título da entrevista. Ele enfrentou muitos problemas de gestão, causados pelo crescimento rápido. Decisões incorretas equivalem a futuras decepções, felizmente no caso de Leandro ele soube dar a volta por cima dos obstáculos se aprimorando. Como em qualquer ramo de negócios, ao optar por uma franquia, é sempre recomendável visão geral do ramo em que se pretende atuar.

Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/ Senac-MT.




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